Neurociência e Dor
Depressão, Ansiedade, Raiva & Cia.: As dores crônicas na pós-pandemia
Este post comenta um bom artigo científico que fundamenta a previsão de que haverá uma Quarta Onda pós-epidemia no Brasil. Contingentes enormes de pessoas que, por sofrer dor social, irão precisar de um tipo de apoio sanitário – focado no diagnóstico e tratamento de distúrbios mentais – hoje inexistente no país. O mérito do artigo é o de explicar, com “base na neurociência da dor”, primeiro, como o isolamento social per se é capaz de gerar uma dor semelhante à dor física, e segundo, como essa dor, a dor social, prevista na pós-pandemia, representa uma ameaça à saúde individual e coletiva que precisa ser encarada desde já.
Neurociência da dor na medicina convencional: O que se ignora não se pratica
A neurociência da dor veio para revolucionar o que se sabe sobre a dor e seu gerenciamento até um par de décadas atrás. Contudo, o seu papel na prática clínica ainda é incerto, senão ignorado. Em paralelo, a dor crônica continua sua corrida epidêmica. Esses dois fenômenos – o descaso com que a neurociência da dor é tratada pelo sistema de saúde e o avanço da dor crônica, estão relacionados. Intimamente relacionados.
“Estresse bom” e dor. Acredite, eles andam juntos.
O estresse bom sempre se pensou que pudesse mascarar uma dor aguda. É o soldado que continua lutando mesmo ferido, ou o atleta olímpico que completa a prova mesmo machucado. Todavia, um estudo de pesquisadores israelenses e canadenses enfraquece essa noção. O estresse psicossocial agudo conduz ao descontrole da dor e isso pode prejudicar o organismo. Noutras palavras, ficar com raiva no trânsito quase todo dia, por exemplo, irá intensificar a dor que a pessoa vier a sentir depois por qualquer motivo, seja no dentista, ou batendo a perna na porta do carro.
A sua dor crônica é sua. O seu cérebro, idem. Que tal colocar esses dois em contato?
Graças ao fenômeno da neuroplasticidade, o cérebro pode se renovar até o fim dos dias, e no interim, desenvolver e pôr em prática extraordinários poderes não apenas para combater a dor, mas também para ajudar na recuperação de derrames, melhorar a visão doentia e atrasar sintomas de condições como a de Parkinson. Não, não é papo furado, mas neurociência da boa. Informe-se bem antes de dizer “não pode”.
O sobe-e-desce da dor crônica
O termo "modulação" está na moda. Os eminentes juízes do não menos eminente Supremo Tribunal Federal estão a modular jurisprudência sobre o compartilhamento de dados financeiros dos contribuintes entre órgãos fiscalizadores etc. Mo-du-lar. O que é isso e o que tem a ver com dor crônica? No âmbito do STF, receio que pouco importa você saber. Não irá fazer a mínima diferença. Já no âmbito do processo doloroso, é o contrário. Você precisa saber. Primeiro, para entender o mecanismo biológico da dor em geral. Segundo, porque a modulação explica a participação determinante de fatores psicossociais na "fabricação" dessa dor. E terceiro, porque a neurociência está às portas de provar que a dor crônica resulta de uma falha na modulação. Se tudo, ou quase tudo isso lhe interessa, leia este post.
O controle da dor crônica pela mente vem aí. E quem duvide, vai dançar.
Acredite se quiser, mas o futuro da analgesia pode estar menos na farmácia e mais na poltrona. A mente efetivamente pode vir a ser usada pela pessoa para aliviar suas dores, seja diretamente, ou despertando motivação e autocontrole suficientes para perseguir esse objetivo. Esse post apresenta duas terapias, ainda pouco usadas por médicos e fisioterapeutas no Brasil, que vão nessa direção.
Depressão e dor crônica? Neurofeedback pode ajudar.
O manejo da dor baseia-se principalmente na farmacoterapia, que possui muitas limitações. Dados da literatura confirmam a alta eficácia do neurofeedback no tratamento de síndromes dolorosas, crônicas e agudas. Este post comenta um achado recente (e promissor) sobre sua aplicação ao alívio da depressão.
Amor, Dor & Cia. - Pode, uma coisa dessas?
Experiências profundamente gratificantes, como o amor, podem naturalmente reduzir a dor, por meio dos estreitos laços neurológicos entre o processamento da recompensa e as regiões de processamento da dor no cérebro. Que tal isso de presente para O Dia dos Namorados?
O desafio da nova (neuro)ciência da dor
Afinal, o que muda na relação entre o profissional da saúde e o(a) paciente no contexto de um modelo biopsicossocial?
O cérebro ou a mente – qual deles comanda a dor crônica?
Este post tem um único propósito: interessar você na leitura de um dos artigos mais interessantes que eu já li sobre... a mente. Não, relaxe... não é nada esotérico, nem ultracientífico. A autora é Silvia Helena Cardoso, Mestre e Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo, e atualmente envolvida na educação em medicina e saúde.
Crocodilo Dundee e a Cobra - Parte 2
Uma imagem vale mil palavras. E uma imagem animada, contando uma história engraçada e, ao mesmo tempo, educativa no que se refere a como a dor hoje é vista pela neurociência, vale muito mais. Confira isso nesse video memorável do Dr. Lorimer Moseley.
Fale com seu cérebro sobre sua dor crônica. Ele vai escutar você.
Você vive com um cérebro. Um cérebro vive em você. Todos os dias, o dia todo. Porém, provavelmente vocês dois nunca se falaram. E talvez seja essa a razão da sua dor crônica. Quem sabe seja uma boa ideia começar agora.